sábado, 21 de maio de 2011

O luxo de Zuhair Murad

Apesar de ser apaixonada por moda, confesso que ainda não tenho um grande conhecimento sobre estilistas. Conheço o trabalho dos clássicos, como Dior, Chanel e Givenchy, além de outros que conhecí despretenciosamente durante as aulas, na internet ou em revistas. Foi assim que aconteceu com Zuhair Murad. Dias atrás estava eu lendo a revista Hola! da Espanha, especial sobre a Alta Costura. Meus olhos se maravilharam quando viram o trabalho desse estilista libanês que abriu seu primeiro ateliê em 1995.
O que começou como um hobby, logo se transformou em um império de sofisticação única. Suas criações são impressionantes, em cores e materiais extraordinários que remetem a princesas do Egito, deusas gregas e uma ousadia que moderniza suas peças apenas o necessário.

Zuhair Murad também tem como inspiração as grandes divas das primeiras décadas do cinema, esbanjando luxo e detalhes clássicos.


Muitas celebridades já usaram os vestidos criados por Zuhair nos mais diversos eventos. Abaixo, Blake Lively, Jennifer Lopez e Carrie Underwood.


A extensa linha de Zuhair Murad abrange a Alta Costura, o prêt-à-porter, acessórios e óculos. E ainda estão em andamento planos para a criação de produtos de beleza e perfumes.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Hoje é dia de Audrey Hepburn

Bélgica, 04 de maio de 1929. Nasce Audrey Kathleen Ruston, conhecida como Audrey Hepburn. Grande mulher, ícone de elegância e simpatia, exemplo a ser seguido.
Desde cedo, criou paixão pela música e pela dança, e nunca as deixou. Aos cinco anos de idade foi enviada para a Inglaterra para ter aulas de balé. Aos dez, teve que ir para a Holanda devido ao início da 2ª Guerra Mundial. Em 1940, a Alemanha invadiu a Holanda, e era o fim da infância de Audrey.
Ela participou de apresentações clandestinas de balé e deu aulas na casa de seu avô para as meninas refugiadas da região. Mais tarde, passou por dificuldades devido a falta de comida na Holanda, mas não deixou de pensar que bons tempos haveriam de vir. Depois do fim da guerra, Audrey se encontrava com vários problemas de saúde, como anemia e desnutrição. Essa experiência serviu para reorientar seus sonhos.
Audrey (sempre junto de sua mãe, Ella) foi para Amsterdam estudar jazz e balé moderno e, depois de três anos, ganhou uma bolsa parcial com um dos melhores professores de balé do mundo, em Londres. No entanto, para sua decepção, foi lhe dito que não poderia ser uma bailarina devido a privação física que sofreu durante a guerra e sua altura. Com isso, ficou determinada a encontrar uma boa utilização para sua formação e habilidades e, no final de 1948, encontrou uma oportunidade na peça High Button Shoes.
Continuou trabalhando como modelo fotográfica e danças em grupo, além de aulas de dicção, até conseguir um papel em Sauce Piquante, onde fazia doze apresentações por semana. "I worked like an idiot" dizia Audrey sobre essa época de sua vida.
Antes do final de 1951, tinha sido escalada para cinco pequenos filmes e interpretou Gigi em uma peça na Broadway. Com o sucesso deste último, muitas portas foram abertas para Audrey em Hollywood, onde atuou em diversos filmes.

Meu favorito é Roman Holiday (A princesa e o plebeu), que mostra Audrey como uma princesa entediada que foge para as ruas de Roma e conhece o jornalista Joe Bradley. Inicialmente ele tenta se aproveitar da moça para dar um "furo de reportagem", no entanto acaba mudando de ideia e passa um dia maravilhoso ao lado dela. Todo em preto e branco, o filme mostra os lugares mais incríveis da capital italiana (dá muito vontade de ir correndo pra lá), tem cenas muito bem humoradas e um final inesperado.
Com Roman Holiday, seu primeiro filme americano, Audrey ganhou o único Oscar de sua carreira, como melhor atriz.


Outro filme da Audrey que me agrada muito é Funny Face (Cinderela em Paris), um musical que tem seu conteúdo ligado à arte e à moda. Traz um fotógrafo que descobre na balconista de uma livraria, uma promissora modelo (mesmo à sua má vontade). Destaque para o figurino, fotografia e a cena de Audrey dançando balé em um pub suburbano.


Certamente, o filme mais famoso feito por Audrey Hepburn, Breakfast at Tiffany's (Bonequinha de Luxo) inicia com uma das cenas mais épicas do cinema: Holly Golightly tomando seu café da manhã em frente a vitrine de uma joalheria. Holly é uma garota de programa (isso é mostrado muito sutilmente) que tem como ambição tornar-se rica. Devido a esse seu desejo, ela reluta muito a se entregar ao amor de seu novo vizinho, Paul (ou Fred). Tantos destaques em um só filme: Audrey tentando algumas palavras em português e cantando Moon River, que se tornou um clássico (abaixo), assim como o figurino criado por Givenchy.


How to Steal a Million (Como roubar um milhão de dólares) é um dos meus xodós. Audrey interpreta a filha de um falsificador de obras de arte e ao tentar impedir que o pai seja desmascarado, pede ajuda a um homem que tentou assaltar sua casa. Os dois precisam roubar a falsa Vênus de Cellini de um museu. O filme é simples mas muito divertido e possui cenas ótimas. E mais uma vez, figurino de Givenchy.


Alguns dos filmes feitos por Audrey passam no Telecine Cult. Quem não tem TV a cabo pode baixá-los pelo blog Cinema Clássico.
Na medida em que Audrey envelhecia, seus filmes foram diminuindo por decisão própria. Casou-se duas vezes, teve filhos, e passou a se dedicar a causas da UNICEF onde tornou-se Embaixadora. Ela sentia-se em dívida com a organização pois foi quem trouxe comida e suprimentos para Audrey no fim da 2ª Guerra Mundial. Ela passou os últimos anos de sua vida em viagens, visitando países, dando palestras, tudo em prol a causas humanitárias.
Hoje, Audrey Hepburn completaria 82 anos de idade.