quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A costura do invisível

Uma das coleções brasileiras mais incríveis de que eu tenho conhecimento é a de Jum Nakao para o verão de 2004, A costura do invisível. Ontem terminei de ler o livro homônimo publicado pela editora Senac e que traz em palavras um pouco de como foi o processo criativo por trás dessa coleção, além de citações de pessoas como Lewis Carroll. E também há imagens. Incríveis. Belíssimas. De tirar o fôlego mesmo. Imagens que tu olha e nem acredita que aquilo é mesmo papel e não uma renda finíssima vinda de Paris.


Mas a parte mais emocionante certamente está no final do desfile, quando as modelos rasgam as delicadas peças mostrando o quão frágil, efêmera e decadente a moda é. E é lindo ver a reação do público que assistia ao desfile, suas feições em choque e, em um segundo momento, a compreensão da crítica que o estilista propôs.



Uma crítica repleta de sensibilidade em forma de arte.