segunda-feira, 27 de abril de 2015

Garota Online, o livro da Zoella

Lá no comecinho do blog eu falei que não tinha pretensão de escrever sobre livros, já que eles podem tratar de assuntos tão diversos e eu queria manter o foco na moda. Mas com o tempo percebi que muitos de vocês que leem o blog gostam de livros tanto quanto eu, e achei que seria bacana escrever sobre alguma leitura de vez em quando.

Então eu li Garota Online, o livro escrito pela Zoe Sugg, também conhecida como Zoella. Assim como a Leandra Medine, que escreveu Man Repeller, a Zoe também é blogueira (e youtuber) e decidiu colocar seus pensamentos no papel impresso. Garota Online, no entanto, é um livro de ficção, mas que traz nele muito da vida e da personalidade de sua autora.


O cenário da história se divide entre Brighton e Nova York, e a personagem principal é Penny, uma garota de 15 anos, muito propensa a cair em buracos, levar tombos em palcos de teatros com mais de 300 expectadores e, sem querer, viralizar (e ser depreciada) na internet por causa disso. Além de conversar com seu melhor amigo Elliot, Penny também conta tudo o que acontece em sua vida em um blog, onde escreve sob o pseudônimo de Garota Online.

Diferente de muitos livros young adults, em Garota Online o "mundo virtual" está bastante presente na história, o que faz a gente se identificar e torna tudo bem mais real. O ponto que a Zoella quis tratar aqui é, justamente, a interação das pessoas em blogs e redes sociais e como o que a gente escreve na internet pode tanto ajudar quanto fazer mal a outras pessoas. Esse assunto é bastante atual porque é muito frequente a gente ver pessoas escondidas atrás de usernames publicando comentários desnecessários e maldosos de graça por aí.

Outro ponto, mais específico, que é levantado no livro é a síndrome do pânico, transtorno do qual a própria Zoe sofre. Ela faz descrições bem detalhadas das sensações dos ataques de pânico e, ao longo do livro, vai deixando dicas de como se acalmar em situações assim, o que pode ajudar muito quem tem o mesmo problema.

Enfim, eu acho que a Zoella escolheu abordar temas bastante interessantes nesse seu primeiro livro (o segundo já está sendo escrito, inclusive). Mas apesar desses assuntos mais sérios, o livro é bem leve e bonitinho e também traz fotografia, viagem, amizade e romance.


E aí, você gosta da Zoella? Já leu ou está afim de ler Garota Online?

Você pode comprar o livro Garota Online na Saraiva ou no Submarino.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Resenha: O maravilhoso agora

O maravilhoso agora, escrito por Tim Tharp, tem como narrador e personagem principal Sutter, que é um adolescente que não é muito preocupado com o futuro e está mais interessado em viver o agora, como o próprio título do livro coloca. Com um 7Up batizado nas mãos ele está pronto para qualquer coisa! Mas nem tudo anda bem para ele: Sutter tem problemas em casa, o pai não dá notícias há anos e sua namorada lhe deu um pé na bunda. Em meio a esse caos, a doce Aimee pode despertar Sutter para outra realidade e, pela primeira vez, ele tem o poder de fazer a diferença na vida de alguém (ou de arruiná-la para sempre).

Gostei muito da leitura desse livro pois a narrativa do Sutter é bem envolvente. Diferente de algumas resenhas que li, onde as pessoas não gostaram do personagem, eu devo dizer que gostei. Achei o Sutter bem carismático e gostei muito do fato de ele não ser uma pessoas vazia e demonstrar não ter preconceitos. Acho que fugiu do estereótipo do cara que não quer nada da vida e não tem nada a dizer sobre nada. Sutter tem uns pensamentos bem interessantes e achei legal que ele faz referência a alguns livros no decorrer da história.

Porém a história... ou melhor, o final dela, é decepcionante. Eu entendi porque o autor fez o final como fez. Acho que ele quis deixar uma mensagem, com a história toda, mas o final acabou não deixando isso claro de forma positiva. Enfim, não posso explicar melhor para não soltar spoiler.

Recomendo a leitura de O maravilhoso agora porque a experiência foi diferente e, bem, é bom tirar suas próprias conclusões.

Título: O maravilhoso agora
Autor: Tim Tharp
Editora: Record
Páginas: 320

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Preferidos da São Paulo Fashion Week

Como designer eu adoro acompanhar as semanas de moda, mas confesso que já estive mais animada para cobri-las no blog e nas colunas que escrevo para revistas. Por enquanto eu assisto todos os desfiles online (espero poder ver ao vivo algum dia) e eu acho que isso acaba limitando um pouco, sem falar que todos os grandes sites de moda já fazem uma ótima cobertura do evento. Mas pra não deixar passar a São Paulo Fashion Week em branco, ainda mais nos seus 20 anos, selecionei os meus looks, peças, acessórios e maquiagens preferidos para compartilhar com você.


Começando pelo momento mais importante dessa edição do evento: o último desfile da Gisele Bündchen. Ela é minha modelo de passarela preferida e o caminhar dela nesse desfile da Colcci estava ainda mais sensacional do que é normalmente! Sem afalar que eu fiquei morrendo de vontade de ter uma blusa com a cara da Gisele pra chamar de minha!


Esses dois looks, da Glória Coelho e do Vitorino Campos, me agradaram muito porque são combinações que eu certamente usaria no dia-a-dia. Considero as peças bastante simples, apesar de sofisticadas, e eu acho que combina muito com o meu estilo. Só, confesso, não fiquei muito encantada com os calçados.


E falando em calçados, o meu preferido de toda essa edição da São Paulo Fashion Week foi essa sandália do desfile da Colcci! Eu não sou muito fã de sandália mas adoro quando elas são mais fechadinhas e fazem desenhos interessantes no peito do pé. As pulseiras da Colcci e da Ellus também ganharam a minha atenção pois são bem diferentes e criativas. Essa imagem da 2nd floor é de um vestido, que eu nem achei tão bonito assim, mas a estampa é tão cool que se tornou minha preferida. E por fim, o look conceitual que eu mais gostei nessa edição: Adriana Degreas.


Na maquiagem, Adriana Degreas, Ellus e Reinaldo Lourenço foram as que mais chamaram a minha atenção. Elas não são muito casuais (principalmente a primeira), mas acho que são incríveis para os desfiles.
E então, o que tu achou das minhas escolhas? Gostou de alguma?

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Batom líquido da Vult (cor 08) + Tutorial

Não é porque é tendência para o inverno ou porque foi escolhida como a cor de 2015, mas marsala e os tons de vinho, em geral, têm tido preferência no meu guarda-roupa e, nos últimos dias, também na minha maquiagem. Eu finalmente decidi testar os batons líquidos com efeito matte que estão fazendo muito sucesso e todo mundo tá falando sobre, e a minha primeira escolha foi o batom líquido da Vult na cor 08 que, justamente, é um vinho.

O batom líquido da Vult tem a consistência cremosa, é bem pigmentado e fácil de aplicar. O tempo de secagem dele não é muito rápido, o que é bom pois se borrar é fácil fazer a correção. Ele tem uma ótima cobertura e depois de um tempo ele fica bem sequinho, mas parece não ficar muito opaco pois mantém meio que um brilho natural. Talvez seja por isso que ele não fique craquelado, diferente de alguns outros batons líquidos que eu li resenhas sobre. A cor parece ficar nos lábios por mais tempo do que os batons normais (não líquidos), mas ele não é totalmente a prova de água e comida.

De qualquer forma, a cor 08 da Vult tá sendo o meu preferido dessa semana!


E uma ótima inspiração de maquiagem com batom vinho, é a combinação com sombra dourada, que a Zoella ensinou como fazer no vídeo abaixo. Não importa se o tom de vinho e os outros produtos que ela usa não são exatamente os mesmos que a gente vai usar, o importante é que o tutorial sirva como inspiração e, afinal, o resultado pode não ficar tão diferente do dela, né?


E então, o que tu achou dessa cor? Já testou algum batom líquido?

quinta-feira, 16 de abril de 2015

3 clássicos adolescentes da Molly Ringwald!

Ultimamente tenho assistido muitos filmes feitos nos anos 1980 e 1990. São décadas onde, ao meu ver, os filmes para adolescentes começaram a se popularizar com cenários de high school, personagens estereotipados, dramas e etc. 

A atriz Molly Ringwald protagonizou muitos desses filmes nos anos 1980 e hoje eu trouxe meus 3 preferidos, que são clássicos! Os filmes tratam de diferentes assuntos mas como eu gosto de moda, decidi colocar alguns painéis de inspiração referentes ao assunto, afinal, são filmes pra assistir e querer copiar o look das personagens!

Sixteen Candles (1984)
Conhecido no Brasil como Gatinhas e Gatões, esse filme mostra o aniversário de 16 anos de Samantha Baker, com um detalhe: toda a família dela esquece disso devido ao casamento de sua irmã mais velha. E pra completar, Sam está apaixonada por um cara que nem sabe que ela existe. Será?

Crédito da Imagem

Clube dos Cinco (1985)
Esse é um clássico-clássico que todo mundo deve assistir! Cinco adolescentes são confinados na escola em um sábado como forma de detenção e devem escrever uma redação sobre o que pensam de si mesmos. Aqui vemos claramente os estereótipos: o atleta, o nerd, a esquisita, o delinquente, a princesinha...

Crédito da Imagem

A garota de rosa-shoking (1986)
Nesse filme conhecemos a Andie, uma garota de classe baixa mas super cool: ela trabalha em uma loja de discos e adora moda! Num certo dia um cara rico a convida pra sair e a diferença de classe social entre os dois acaba pesando no relacionamento por conta de seus amigos.

Crédito da Imagem

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Para usar no outono: vestidos de manga longa

O outono começou há quase um mês e nesse meio tempo já tivemos dias bem quentes e dias fresquinhos e aconchegantes (pelo menos aqui no Rio Grande do Sul). E isso me fez lembrar o quanto pode ser complicado se vestir quando a gente não se sente segura quanto a temperatura! Como eu sinto frio com qualquer ventinho, as peças que mais têm ganhado meu coração nas últimas semanas são os vestidos de manga longa! Essas peças são ótimas pra essa época de transição de temperatura, afinal não parece que a gente tá vestindo algo muito pesado, mas ao mesmo tempo nos dá a sensação de conforto e proteção contra o frio.

No momento eu estou investindo muito em vestidos de manga longa porque eles são super versáteis! Além de poder usá-los com meia-calça e meia 5/8, a gente pode usar com uma jaqueta, um trench coat (quando estiver frio pra valer) e também com um suéter por cima e ter o vestido fazendo as vezes de uma saia!

Outra coisa que eu valorizo em peças assim são os detalhes, como uma gola diferenciada, bordados, estampas, diferentes materiais em uma mesma peça (como mangas com transparência por exemplo), costas de fora para ocasiões mais elegantes e por aí vai. Eu prefiro materiais mais encorpados, mas acho que o jeans e a malha geladinha são ótimas opções pra quem não sente tanto frio assim.

Enfim, o legal é que existem vestidos de vários estilos no mercado e mesmo se a gente não encontra exatamente o que procura, ainda há a opção de mandar fazer sob medida e do jeitinho que a gente quer.

E então, o que você acha dessa peça?

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Seu corpo não é uma fruta

Não é novidade pra ninguém que várias revistas e sites de moda passam publicando artigos sobre o quão importante é saber qual é a forma do seu corpo e como disfarçar as partes "defeituosas" dele com os do's e don'ts de como se vestir. Esses artigos normalmente são acompanhados de um guia ilustrado que compara a forma do corpo das mulheres com frutas, objetos e formas geométricas.

Porém, o que é dito como um "guia de como se vestir bem", geralmente serve para reforçar a noção de que algumas formas são mais desejáveis do que outras, e este tipo de objetificação tende a aumentar a vergonha pelo próprio corpo, estimulando transtornos depressivos e distúrbios alimentares.

Se você não sabe, o assunto é mais ou menos esse: Se você tem ombros largos e quadris estreitos a sua silhueta é uma maçã. Se você tem quadris largos e é pequena no busto e nos ombros você é uma pêra. E se você tiver cintura fina e bustos e quadris generosos, então você tem a cobiçada silhueta ampulheta! Mas se você não tiver tanta sorte, você não chega nem a ser uma fruta ou mesmo um dispositivo de medição do tempo, você pode ser simplesmente um círculo ou um retângulo. Isso não é sensacional?


Objetificação à parte, há outra questão: e se você não se encaixa em nenhuma dessas categorias? Não sei você, mas esses guias nunca me ajudaram, afinal eu nunca me identifiquei totalmente com nenhuma delas. Eu poderia ser uma pera, afinal eu tenho pouco busto, cintura fina e quadris um pouco largos. Mas aí os meus ombros também são largos, então eu poderia ser uma ampulheta? Mas ainda assim, como eu sou pequena, como um todo eu não pareço tão curvilínea assim, então eu poderia ser um retângulo?

Todos os seres humanos são tão diferentes, de tantas maneiras, com tantas particularidades, que a gente já deveria saber que não podemos ser classificados. Pode ser divertido quando se trata de astrologia, por exemplo, mas essas coisas são definidas pelo dia em que você nasceu, e não pela sua aparência.

E quando você se encaixa em uma dessas classificações, será que realmente vale a pena se olhar no espelho e pensar "bem, meu corpo tem a forma de uma banana então eu tenho que usar um cinto para dar a ilusão de que eu não me pareço do jeito que eu realmente sou"? Eu acho que não. É verdade, alguns dias é difícil se vestir, e quando a gente tem certas partes do corpo que gostaria de minimizar e outras que gostaria de destacar, é bom saber quais são elas, né? Só que geralmente a gente já sabe, afinal a gente vive nesse corpo o tempo todo e o conhece infinitamente melhor do que esses guias estereotipados de "qual é o seu tipo de corpo e como o vestir"!

A minha opinião é a de que gente tem que vestir o que nos faz sentir bem! E se usar um cinto para dar mais cintura te faz sentir bem e feminina, isso é ótimo! Só que se você não gosta de determinada peça que dizem que você deve vestir porque emagrece, alonga etc, não se sinta obrigada! Esses guias não podem se tornar regras e limitar nossas escolhas de vestirNosso corpo não é uma fruta e nós somos livres pra vestir o que diabos a gente quiser.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O figurino de Rose Pamphyle

Dias atrás assisti o filme francês A Datilógrafa que conta a história de Rose Pamphyle, moça de 21 anos, que impressiona a todos com sua habilidade de digitar. Quando conhece Louis, ela é inspirada a participar da competição de datilógrafa mais rápida do país.

rose pamphyle populaire

Além desse tema tão incomum, o filme traz uma estética dos anos 1950 que é uma graça! Desde cenários até, é claro, figurinos. Os looks da Rose Pamphyle caracterizam muito bem essa época, onde as mulheres deveriam ser românticas, delicadas e comportadas (porém o filme traz uns diálogos feministas que valem a pena!). 

rose pamphyle looks

Em todas as cenas que eu posso me lembrar, vemos Rose vestindo saias rodadas de comprimento midi. O diferencial são os decotes que, hora vem mais fechados e hora mais reveladores.

rose pamphyle looks

Porém o grande destaque do filme, quanto ao visual, são as unhas coloridas da personagem! No começo do filme, Rose só sabe digitar usando dois dedos e, com o incentivo de Louis e o auxílio de esmalte colorido, ela aprender a digitar com os dez dedos!

rose pamphyle typing

populaire

Enfim, fica aí a recomendação de um filme super inspirador, tanto esteticamente quanto para a vida.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Um vestido, cinco looks

Existe meio que um consenso geral de que é feio repetir roupa. Mas diferente das pessoas que a gente vê na maioria dos programas de tv e de várias celebridades, nós costumamos repetir muitas vezes nossas peças de roupa, principalmente as que mais gostamos, e não há problema nenhum nisso. Até a Audrey Hepburn repetia roupa! Uma coisa que eu faço (e eu sei que muita gente também faz), é montar looks diferentes com uma determinada peça, pra não sair com ela sempre do mesmo jeito. E foi isso que eu fiz hoje: escolhi um vestido e criei 5 looks com ele!

O vestido escolhido é da Zara, listrado em azul e branco, com mangas 3/4 e de corte reto (não tem nem uma leve curvinha para acinturar). Ele é bastante confortável e, como eu estou (só um pouco) obcecada por listras, ele tem sido a minha peça preferida!

É imensurável o número de looks que eu poderia criar com este vestido, mas decidi começar adicionando somente uma peça ou acessório a ele, mas que ainda assim deixasse o vestido com uma composição diferente.

O colete jeans e a bota caqui dão um toque despojado ao look na primeira imagem. Já na segunda foto, ainda seguindo uma linha mais casual, o vestido faz a vez de uma sobre legging com a calça e a ankle boot preta. Poderia adicionar ainda um casaco mais longo que o vestido para os dias mais frios.


No terceiro look, a ideia foi uma pegada mais rocker, com a jaqueta de couro, a meia-calça e a bota preta. Na foto seguinte, o vestido fica como uma blusa quando combinado com a saia longa (que também poderia ser uma saia curta) e a sandália, que deixa o look mais sofisticado. Eu não adicionei acessórios como colares, brincos, pulseiras etc mas vale lembrar que eles podem ajudar a reforçar a ideia que a gente tem para os looks.


E por fim, o vestido com um cinto preto e a sandália, que é uma combinação simples mas que, ainda assim, deixa o look diferente do que simplesmente jogar o vestido com um calçado e that's it.


Enfim, espero que você tenha gostado desse tipo de post e das minhas ideias, porque eu adorei desenvolver tudo isso! Agora me fala nos comentários, qual peça você gostaria de ver em um post assim?